Sete Cidades, que se passa contigo?
Foto: OLima. Lagoa das Sete Cidades, 13 Agosto 2010.
Estará a Lagoa das Sete Cidades a morrer? Assim me pareceu quando a visitei há dias, tendo estranhado a ausência dos habituais grupos que a demandam para seus piqueniques. O motivo era bem visível e agredia a pituitária mais insensível: uma faixa amarelada e de aspecto oleoso, - que, não sendo de pólen de mimosas, era de cianobactérias -, estendia-se ao longo das suas margens exalando cheiro muito desagradável. Os repetidos alertas de investigadores universitários locais apenas têm merecido lamentos de ocasião e rascunhos de projectos. O arrastar deste diz-que-faz-mas-não-faz poderá provocar a morte da lagoa, da povoação e dos motivos que têm atraído tanto forasteiro e alimentado a inspiração de tanto artista. Por isso, as Sete Cidades já não vão ser o palco da gala Sete Maravilhas de Portugal, muito embora o governo de César tente fazer crer que a decisão se deva ao facto de o local não poder albergar tão sofisticados recursos técnicos exigidos pelo evento.
O Ondas3 mereceu, há dias, novo destaque, sugerido pelo Lobi do Chá e confirmado pela plataforma SAPO. A subida do número de visitas foi notória, pelo que agradeço a todos quantos aqui, no Ondas3, têm vindo em busca de informação ambiental digna de registo.