O presidente da Junta de Freguesia de Paramos, Américo Castro, chamou os media locais à barrinha de Esmoriz/lagoa de Paramos para dizer que afinal o dique fusível, que durante vários anos fez de conta que controlou a entrada e saída da lagoa para o mar, foi um falhanço total, com péssimos resultados para as praias de Paramos e Esmoriz. Que a solução é, agora, “uma intervenção natural, abrindo e fechando com as marés, como uma forma de entrar no mar” (sic). Pouco depois, - e fazendo fé na verosimilhança da reportagem do Defesa de Espinho de 15 de Julho (p. 6) -, Américo Castro contradiz-se e defende uma coisa semelhante ao dique fusível, “uma saída de água da lagoa, controlada” (sic), mas mais para leste, mais para o interior da lagoa, longe do turbilhão da erosão das ondas e das marés. Tudo porque quer implantar um passadiço de madeira entre a margem norte da lagoa de Paramos, do lado de Espinho, e a margem sul da barrinha, do lado de Esmoriz. E não está sozinho. A presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, Rosário Relva, afina, nota por nota, com o vizinho. Dizem que o passadiço será uma importante mais valia para o ambiente local, mesmo que ele passe por cima de uma lagoa mal cheirosa e poluída por esgotos não tratados a montante, nas vizinhas freguesias de Santa Maria da Feira.
Américo Castro sabe. Também sabia em 2003, quando publicamente se regozijou pela obra do dique fusível. Ele e outros que gizaram, encomendaram, aprovaram, executaram, pagaram, inauguraram e bateram palmas pelo projecto do dique fusível sabiam tanto que o Ondas3 fez questão de, desde 2003, ir registando as suas fantásticas contribuições, directas e indirectas, para a saga da despoluição da Barrinha de Esmoriz. Para memória futura, podem visitar e consultar o património que o Ondas3 foi acumulando sobre o evoluir da situação nos últimos 7 anos naquela zona:
- 25.2.2006;
- 3.3.2006;
- 5.11.2006;
- 2.5.2007;
- 3.5.2007;
- 28.5.2007;
- 5.8.2007;
- 30.10.2007.