Trapalhada na pesca lúdica
- O Governo de José Sócrates recuou nas restrições à pesca lúdica na Costa Vicentina devido aos protestos dos autarcas e dos pescadores, mas acabou por abrir uma frente de batalha com os ambientalistas da LPN, para quem a diminuição do período de interdição à captura de sargos – que passou de três para dois meses – volta a aumentar a pressão durante um período sensível do ciclo de vida desta espécie, ou seja, na desova. Outro motivo de crítica prende-se com o facto de ter aumentado a quantidade diária de peixes que pode ser capturada, dado que o exemplar maior já não conta para o cálculo do limite máximo de 7,5 quilos. A LPN defende que os verdadeiros pescadores lúdicos deviam perceber que são os primeiros a ganhar com a preservação dos recursos na Costa Vicentina. Defende ainda um reforço da vigilância e fiscalização, bem como o alargamento das restrições a toda a costa portuguesa e uma regulamentação mais apertada para a pesca profissional. CM.
- As operações de enchimento artificial da praia dos Três Irmãos, em Alvor, provocou a fúria de turistas e concessionários dos bares de praia. "Há 25 anos que frequentamos esta praia. Nunca houve dunas diante dos restaurantes. Isto é muito desagradável, tira a vista de Lagos e estraga a própria praia", queixam-se. CM. Eis aqui está uma estória que segue a matriz da velhinha estória de O Velho, o Rapaz e o Burro. Queixam-se agora das dunas artificiais porque lhes roubam as vistas. Antes queixavam-se das fracas defesas perante os avanços do mar. Amanhã queixar-se-ão de quê? Se não permitissem a implantação de bares de praia em cima das praias não haveria queixas patetas como estas. Nem preços exorbitantes por finos, garrafas de água e quejandos, tudo sem factura.
- Vários moradores das freguesias de Serzedelo e Guardizela voltaram a manifestar-se em frente à Câmara de Guimarães exigindo a redução de 50% nas taxas de ligação a rede de saneamento. Consideram que os 430 euros exigidos pela Vimágua são desajustados da situação económica das famílias desta região que está a atravessar uma crise e que tem taxas de desemprego muito altas. A Câmara de Guimarães diz não ver razões para alterar os preços e considera que os casos de maior dificuldade financeira estão enquadrados pelo regulamento que permite, conforme os casos, a isenção total ou o pagamento até 48 prestações mensais sem juros. JN.