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Dez07
Empresas de energia fazem batota no comércio de emissões
OLima
- O comércio de emissões está a ser invadido por centenas de projectos que vão aumentar significativamente o volume de emissões para a a atmosfera, denuncia a International Rivers em relatório intitulado Failed Mechanism. O relatório garante que a maioria desses projectos de barragens na China, na América do Sul e em África abusam de argumentos do tipo “Alice no País das Maravilhas” para fingir que estão a reduzir as emissões. As empresas hidroeléctricas podem ganhar uma pipa de massa vendendo créditos de carbono falsos a empresas e governos que os podem usar para justificar um aumento nas suas emissões. O relatório denuncia casos como o da barragem de Campos Novos, no Brazil, já a produzir energia, em que a empresa concorreu ao CDM para vender créditos de carbono alegando que o projecto não teria sido realizado sem esses fundos. É mais que evidente que o que o ministro do Ambiente Nunes Correia diz sobre as barragens a construir em Portugal nada tem a ver com isto, devendo as suas palavras ser interpretadas como meras lucubrações em véspera de viagem à cimeira do Ambiente em Bali.
- As turbinas eólicas domésticas não compensam em ganhos energéticos, diz a Building Research Establishment Trust.
- No Zimbawe. os habitantes de Victoria Falls manifestaram-se contra a construção de um estádio de futebol numa reserva de caça.
- Na Califórnia, centenas de aves marinhas têm aparecido mortas na costa da Baía de Monterey muito provavelmente devido a vaga de algas vermelhas.
- As gaitas de foles também são uma ameaça para o ambiente! Não pelo ruído, mas pela madeira preta vinda de África que, dizem os entendidos, está a esgotar-se.
- No Brasil, carvão ilegal está a ser comercializado para a MMX Metálicos Corumbá Ltda., um complexo siderúrgico de grande porte recentemente instalado no principal município pantaneiro. A MMX, expulsa da Bolívia por Evo Morales, havia assinado um Termo de Compromisso de Conduta - TCC em que se comprometia a não consumir carvão obtido através de novos desmatamentos em Corumbá e outros municípios do Pantanal e Serra da Bodoquena a partir de agosto de 2006.