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Ondas3

Blogue de informação e reflexão sobre temas ambientais. Desde Janeiro 2004, porque só os peixes mortos seguem com a corrente.

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Ondas3

05
Mar07

O comércio de emissões é uma grande treta

OLima



O actual sistema de comércio de emissões não passa de um jogo de blefe que permite que os poluidores do mundo rico passem a responsabilidade da redução das emissões para as fábricas do mundo pobre. Depois, o que acontece frequentemente é que os industriais usam os lucros provenientes dos créditos de carbono para expandirem as suas fábricas poluidoras em vez de investirem em tecnologias de energias renováveis. Por isso, quem mais tem lucrado com este sistema de comércio de emissões são, em primeiro lugar, os industriais, - que vendem reduções insignificantes por enormes lucros -, e, em segundo lugar, as correctoras de bolsa que facturam sempre que uma empresa compra ou vende o direito a poluir.
Ao transformar a poluição num bem de consumo que pode ser negociado como o ouro ou o açúcar, os governos só precisam de estabelecer limites na quantidade de poluição que vão permitir ser negociada e deixar a mão invisível do capitalismo fazer o resto.
Por isso, não me espanta o aumento de 19% nas emissões de gases de feito de estufa previsto para os EUA em 2020.
A palhaçada é tal que mesmo empresas de países que não assinaram o Tratado de Quioto, - que lançou este comércio de emissões -, investem com os mesmos direitos.

 

Uma Verdade Inconveniente - o que falta dizer: (1) “(…) é falsa a corrida pelo desenvolvimento onde países do chamado Primeiro Mundo, vencedores, chegaram primeiro e nós, perdedores no Terceiro Mundo, precisamos ir atrás repetindo a mesma caminhada. É mentira por que, se isso fosse possível, precisaríamos de uns 3 ou 4 Planetas Terra de recursos naturais; (2) (…) Também não é verdade que a quantidade de pessoas é que determina a capacidade de suporte ambiental de um ecossistema, e sim a qualidade da relação dessas pessoas com o ecossistema. Um único sujeito com uma moto serra ou um tractor, ou mesmo uma caixa de fósforo pode fazer um desastre ambiental se estiver convencido de que isso irá assegurar-lhe lucro, emprego ou sobrevivência; (3) (…) Também não é verdade que a ciência e a tecnologias serão capazes de encontrar as respostas à actual crise ambiental, por que não são neutras, mas estão dominadas pelas mesmas forças que dominam o capital. Por exemplo, enquanto for mais lucrativo consumir combustíveis fósseis, as outras formas de energia serão sempre alternativas, menores; (4) (…) A luta ambiental precisa andar acompanhada da luta social contra esta situação de concentração de renda e exclusão social. O que a sociedade parece estar se consciencializando agora é que estamos todos no mesmo barco. Só que os primeiros a serem atingidos pelo naufrágio da crise ambiental serão exactamente os que não têm como se defender, os que estão nos porões dos benefícios socio-económicos deste modelo de acumulação.”
Vilmar Berna, jornalista, escritor, Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente em 1999.

 

Batatas transgénicas da Monsanto foram testadas em doentes durante 3 semanas. A ingestão deste mesmo tipo de batatas (Russet Burbank) em testes com ratos revelou reduções no peso dos seus corações e próstatas, diz um relatório do Nutrition Institute of the Russian Academy of Medical Science elaborado em 1998 a pedido da Monsanto.
É interessante ver este tema ser retomado a partir daqui.

 

A Clean Up Austrália garante ter mobilizado cerca de um milhão de cidadãos nesta campanha anual de limpeza. O director da campanha apelou ainda à redução de emissões em 25% durante os próximos 3 anos.
É curioso registar que a McDonalds é founding partner da Clean Up Austrália. Deve ser para se penitenciar da montanha de caixas e de copos de esferovite com que atulha os clientes que lhe compram comida de qualidade altamente duvidosa.

 

No Dharavi, um enorme bairro de lata de Mumbai, a maior cidade da Índia, as indústrias de reciclagem ajudam cerca de um milhão de pessoas a sobreviver. O projecto Vision Mumbai, para estar concluído em 2013, já começou a demolir e a expulsar gente.

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