Poluição da China atinge os EUA
Investigadores californianos estão preocupados com os efeitos da poluição provocada pelo crescimento económico chinês sobre a sua saúde, a qualidade do seu ar e sobre os padrões climáticos. Curiosamente, o assunto ecoa em uníssono por
Esta preocupação é muito curiosa vindo de cidadãos cujo país até agora tem negado subscrever o Protocolo de Quioto. É certo que a poluição nunca precisou de bilhetes de identidade, passaportes ou vistos, muito menos de pagar taxas para circular pelo mundo nas asas do vento. Assim aconteceu enquanto alguns privilegiados do chamado progresso puderam queimar toneladas de CO2 com os seus carrões e as suas indústrias. Agora que a China se agiganta tecnológica e economicamente, queixam-se alguns desses privilegiados que os ventos que sopram da China arrastam poluição que lhes ameaça a qualidade de vida. O facto de não acusarem a poluição vinda do vizinho México significa que, neste momento, a China lhes impõe mais respeito, lhes mete mais medo. Mais um pouco e teremos alguns a queixarem-se da poluição vinda do Líbano na sequência do bombardeamento de uma central de energia pelos israelitas. Enfim, duas longitudes, dois pontos de vista. O que se faz e diz para justificar a perpetuação do carro como rei das imponentes autoestradas californianas e para fugir a responsabilidades pela autoria de um modelo de desenvolvimento que, até há bem pouco tempo, parecia ser o melhor. Mas só para alguns.